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Gestão é método, e o método é cartesiano

6/11/2019

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A natureza do gerenciamento é “satisfazer as necessidades das pessoas” entregando produtos e/ou serviços à sociedade que assegurem o cumprimento da missão da organização e sua sobrevivência a longo prazo, sejam privadas ou públicas, com ou sem fins lucrativos, e devemos considerar, de forma geral, quatro tipos de pessoas (partes interessadas): Acionistas, Clientes, Funcionários e Sociedade.
 
Para “satisfazer as necessidades das pessoas”, muitas vezes antagônicas, é necessário analisar e resolver “problemas” de forma eficaz, seja ele o indesejável “mau problema” (desvio da rotina), seja ele o desejável “bom problema” (mudanças para melhoria). Sem “problemas” não se faz necessário haver gerenciamento e o melhor a fazer é liberar os gerentes para gozarem férias.
 
A resolução dos “problemas” organizacionais é responsabilidade inequívoca da liderança organizacional, mesmo quando delegada a membros da equipe, e requer método e conhecimento técnico dos processos para se alcançar o sucesso.
 
Método é uma palavra originada do grego pela conjugação das palavras “Meta” e “Hodós”, sendo que “Meta” possui o significado de “alcançar algo, alvo, objetivo, ir além” e “Hodós” possui um significado de “via, estrada, caminho”, desta forma um método é “o caminho para se alcançar resultados”.
 
Em 1637, o filósofo francês René Descartes lançou em seu tratado filosófico, O Discurso do Método, um método para a condução científica do pensamento humano em busca da verdade. Esse método racionalista o conduziu à máxima: “Penso, logo existo”, desde então é considerado o Pai da Filosofia Moderna e o Pai da Matemática Moderna.
 
O método cartesiano privilegia a razão na busca do conhecimento em detrimento da lógica sem verificação real, ao se instituir a dúvida de que só se pode dizer que existe aquilo que possa ser provado, assim como se faz necessário conhecer as partes para entender o todo.  
 
Com o passar dos anos o método cartesiano se demonstrou único para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia sendo reconhecido como o método científico moderno e ainda não criaram outro que o substitua. O método cartesiano é, por essência, um método de análise e solução de “problemas”, é um modo científico de dissecar causas e efeitos e nos conduzir às respostas para um determinado “problema”.
 
Em meados de 1920, Walter A. Shewart representou o método cartesiano e a aplicação do conhecimento adquirido no mundialmente reconhecido Ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Action) que foi amplamente disseminado por Willian E. Deming e, desde então, diversas variações mercadológicas foram criadas, mas, no fundo, o método é o mesmo.
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O método cartesiano é, aparentemente, de fácil aplicação e o aprendizado, por ser um modelo bastante instrutivo, é a alma de sua utilização, pois ele permite criar, aprender, copiar e difundir conhecimento ao considerarmos que “a busca por resultados é paralela à busca do conhecimento”.
 
A busca pela verdade (problema), que está contida nas informações e dados organizacionais, é o que fornece a base e a orientação necessária para uma adequada tomada de decisão e, conforme proposto por Descartes, o método consiste de 4 (quatro) regras a serem aplicadas na etapa de Planejamento do ciclo PDCA:
 

Regra da evidência – “Jamais acolher alguma coisa como verdadeira que não se conhecesse evidentemente como tal, isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida.”

Defina e delimite claramente o problema a ser estudado com base em evidências reais e não intuitivas, para evitar perder o foco e/ou despender esforços e recursos que, algumas vezes, conduziram a resultados desastrosos.

“Meu problema é falta de dinheiro” > “Meu problema é não possuir meios de gerar renda”


Regra da análise – “Dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las.”

Colete as informações organizacionais qualitativas e quantitativas para as diversas variáveis que compõem o problema e aplique ferramentas de análises tais como: diagrama de Pareto, diagrama de árvore, diagrama de causa e efeito, gráfica sequencial e a própria estatística.

Regra da síntese – “Conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, e supondo mesmo uma ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros.” 

Revise, sempre que necessário, e sintetize os dados analisados em um todo verdadeiro.
 

Regra da enumeração – fazer em toda parte enumerações tão completas e revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir.

Enumere todas as conclusões e princípios utilizados mantendo a ordem do pensamento para definir as ações possíveis e decidir por qual(is) será(ão) aplicada(s).

As demais etapas do ciclo PDCA se referem à aplicação prática do conhecimento adquirido em benefício da organização, da sociedade e do homem, traduzido nas ações definidas para resolução do problema.    

Da mesma forma é possível ocorrer algumas dificuldades na sua aplicação:
  • Pressa na solução: eficiência, e mais, eficácia, não significa necessariamente pressa. Há que se trabalhar com afinco, diligentemente, mas sem atropelar o tempo requerido para uma análise adequada.
  • Pouca participação da equipe: a equipe deve estar motivada, engajada, comprometida para obter a solução do problema. Cabe à alta administração criar condições para que a equipe esteja, de fato, motivada.
  • Ausência de processos lógicos: ainda que se use processos não-estruturados, como por exemplo, o Brainstorm, ao final as ideias tem que ser tratadas de forma lógica.
  • Falta de habilidades técnicas: não nos referimos aqui apenas ao conhecimento técnico do assunto em questão, mas do uso de ferramentas adequadas, como as aqui mencionadas. Vale a pena manter a equipe treinada no uso destas ferramentas.
  • Não identificação da causa básica: a causa básica tem que ser claramente identificada, pois a remoção das causas imediatas NÃO resolve o problema.
  • Não implementação da ações corretivas ou preventivas: ainda que pareça óbvio, às vezes o remédio é amargo e o paciente (a empresa, a gerência) reluta em tomá-lo.
  • Pressão gerencial: ainda que obviamente seja do interesse da gerência que o problema seja resolvido, a cobrança excessiva e prematura pode gerar soluções inadequadas, ou que removam apenas as causas imediatas.
(Fonte: BlogTeK by Stonner)
 
Cabe ressaltar que o método PDCA não é aplicável por si só, se faz necessário aplicar o PDCA para melhorar associado ao PDCA para manter, ou seja, o SDCA, no qual o P será substituído pelo S de Standardize, padrão, visando validar os resultados esperados e assegurar que a melhoria seja efetiva.
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