Em setembro de 2015 a ISO (International Organization for Standardization) emitiu, após 16 anos, uma revisão efetiva das normas ISO 9000 e ISO 9001 para Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) refletindo as práticas empresariais modernas, as mudanças do ambiente de negócios, o uso intensivo da tecnologia da informação e a nova terminologia dos negócios.
A seção 5 – Liderança, em relação aos requisitos correlacionados da versão anterior, apresenta diversas adequações em seus requisitos para:
A nova redação do Princípio da Qualidade Liderança promoveu um alinhamento nos requisitos 5.1.1.h e 5.1.1.j para nos clarificar o entendimento no qual a Liderança não é papel exclusivo da Alta Direção, mas uma função que deve ser exercida e demonstrada em todos os níveis da organização por aqueles que exercem influência direta nas atividades das pessoas envolvidas com o SGQ, em busca do seu engajamento. Os demais itens do requisito 5.1.1, exceto o 5.1.1.a, foram alinhados aos novos requisitos da seção 4 e 6 da ISO 9001:2015, demonstrando objetivamente que estão fortemente relacionados ao exercício da Liderança pela Alta Direção e seu desdobramento nos diversos níveis da organização considerado em todo o SGQ, como representado na Figura 2, para resgatar a postura esperada da Alta Direção desde a revisão 2000. Em relação ao requisito 5.1.1.a, similar ao da BS OHSAS 18001:2007 e agora também na ISO 14001:2015, o mesmo visa corrigir uma distorção aceita por certificadoras (sic), e reforçar os aspectos Liderança e Comprometimento da Alta Direção ao determinar que a responsabilidade pela prestação de contas da eficácia do SGQ cabe exclusivamente a Alta Direção, não podendo mais ser aceita e auditada como responsabilidade do Representante da Direção (RD) ou função similar, a este cabe apenas funções de aspecto operacional em relação ao SGQ. Na mesma linha, foi excluída citação formal ao papel Representante da Direção (RD), o que tem conduzido muitos especialistas ao entendimento de que as funções relacionadas deverão ser atribuídas efetivamente a membro(s) da Alta Direção, muito louvável e coerente, porém inconsistente com o requisito normativo, pois se antes era exigido “indicar um membro da administração da organização...”, agora, na revisão 2015, o requisito 5.3 mantém implicitamente a prerrogativa da organização que, a seu critério, não só pode manter um RD como pode atribuir esse papel a qualquer pessoa da organização, desde que possua as competências definidas. Esperamos que as alterações na seção 5, alinhadas com os novos requisitos da seção 4, produzam os efeitos desejados e revitalize a credibilidade e elimine o ceticismo quanto à certificação de organizações pela norma ISO 9001, mas sabemos que para isso não será apenas mudando a sua redação e revisando seus requisitos que os problemas serão resolvidos, basta uma interpretação inadequada ou subvertida para causar vários outros problemas, assim como sabemos ser necessária uma postura ética de todos os atores envolvidos para que os “quadros na parede” possuam o seu devido valor.
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Em setembro de 2015 a ISO (International Organization for Standardization) emitiu, após 16 anos, uma revisão efetiva das normas ISO 9000 e ISO 9001 para Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) refletindo as práticas empresariais modernas, as mudanças do ambiente de negócios, o uso intensivo da tecnologia da informação e a nova terminologia dos negócios. A seção 4 – Contexto Organizacional apresenta alguns dos novos requisitos que têm como objetivo conduzir a Liderança das organizações a refletirem sobre a sua realidade, externa e interna, e avaliar se o seu Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) é eficaz em alcançar os resultados pretendidos, assegurando a satisfação de seus Clientes e considerando as necessidades e expectativas de outras partes interessadas pertinentes que possam impactar na sua capacidade de fornecer produtos e serviços consistentemente, em uma visão focada para o seu desenvolvimento sustentável. Tais informações não precisam estar documentadas, porém devem ser periodicamente monitoradas e analisadas criticamente. Ao analisar o contexto organizacional, a Liderança deve avaliar informações (dados) que permitam entender os seguintes aspectos:
As informações devem abranger, quando pertinente, as seguintes questões: Existem diversos métodos, ferramentas e práticas estruturadas para a condução dessa análise. O resultado esperado dessa reflexão, em conjunto com a análise das partes interessadas pertinentes, é o claro estabelecimento do escopo do SGQ considerando, também, os tipos de produtos e serviços a serem cobertos e as justificativas para a não aplicabilidade de qualquer requisito normativo. Como resultado secundário, mais não menos importante, as conclusões dessa análise irão subsidiar a determinação dos riscos e oportunidades que devem ser tratados para aumentar a possibilidade de sucesso da organização. Com o escopo devidamente estabelecido e documentado a organização estará apta a iniciar, ou rever, o planejamento do seu SGQ como estabelecido, implementado, mantido e melhorado continuamente, incluindo os seus processos e suas interações. Na extensão necessária, a organização deverá manter e reter informação documentada, para apoiar a operação de seus processos e prover confiança de que os processos estão sendo conduzidos conforme planejado. Esquecendo os paradigmas, essa documentação pode incluir “procedimento(s) documentado(s)”. Embora possa não parecer tão óbvio, a seção 4 da norma ISO 9001:2015 faz alusão a toma de decisão em 3 (três) aspectos:
O mais importante que devemos considerar em relação aos novos requisitos da seção 4 (4.1 e 4.2) é que eles formam uma base sólida para a Liderança “tomar as rédeas” e entender que o estabelecimento e implementação de um SGQ não pode mais estar desassociado dos demais sistemas de gestão da organização (Ex.: Continuidade dos Negócios, Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional, etc.), assim como não podem mais simplesmente entregar a responsabilidade e autoridade a um “Representante da Direção”, pois, neste caso, continuaram a ser um “sistema alienígena”* que apenas despende recursos e não contribuem efetivamente para o sucesso da organização.
* Denominação utilizada por Luiz Nascimento, coordenador técnico do CB 25 e líder da delegação brasileira nos fóruns do TC 176 para a revisão da norma ISO 9001 Em setembro de 2015 a ISO (International Organization for Standardization) emitiu, após 16 anos, uma revisão efetiva das normas ISO 9000 e ISO 9001 para Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) refletindo as práticas empresariais modernas, as mudanças do ambiente de negócios, o uso intensivo da tecnologia da informação e a nova terminologia dos negócios. A figura 1 tem como objetivo apresentar as organizações os aspectos que regem a condução de uma “auditoria de avaliação da conformidade na norma ISO 9001:2015” por um organismo de certificação acreditado. É recomendável que as organizações mantenham competência em todos os aspectos do processo para avaliar adequada e efetivamente a condução de auditorias de certificação e assegurar sua credibilidade em prol da Sociedade (usuário final). Com a emissão da ISO 9001 em 30 de setembro de 2015 com validade a partir de 30 de novembro de 2015, a IAF (Internacional Accreditation Forum) emitiu o documento Guia de Planejamento para Transição ISO 9001:2015 (pdf) que podemos assim contextualizar:
As organizações em fase de certificação, a seu critério, poderão optar por serem certificadas já versão 2015. Com base nas informações apresentadas nos documentos regulatórios citados na figura 1 devemos considerar, também, que:
Considerando a mentalidade de risco da versão 2015 e as informações de “duração” do processo de pós-auditoria, as organizações deverão promover as auditorias de certificação/recertificação na nova versão 2015, em quaisquer das condições possíveis, no máximo, até 90 (noventa) dias antes de vencimento do prazo final de setembro de 2018 e incluir o prazo de avaliação da eficácia do tratamento da(s) não conformidade(s) registrada(s) na auditoriade certificação/recertificação conforme regulamento interno do seu organismo de certificação. Sendo assim, é necessário que as organizações promovam uma avaliação de riscos e oportunidades quanto a esses aspectos, em parceria (gestão do relacionamento) com o respectivo organismo de certificação. Mas não é SÓ ISSO!!! Essa avaliação deve considerar também, as informações apresentadas nos quadros abaixo, emitidos do sistema CERTIFIQ do INMETRO em 17 de março de 2017, com acesso público. Obs.: Foram apresentados dados em relação à norma ISO 14001 apenas para manter a formatação original do sistema CERTIFIQ. Atualmente, segundo página do INMETRO, existem 35 (trinte e cinco) organismos de certificação de sistemas de gestão da qualidade ISO 9001 acreditados para atuarem no Brasil.
Como dizem que “estatística é igual a biquíni: o que mostra é sugestivo, mas esconde o essencial.” (Aaron Levenstein), a tarefa de análise desses dados deve ser realizada por cada um dos profissionais que estão na condução do processo, observando o seu “contexto organizacional”. Em setembro de 2015 a ISO (International Organization for Standardization) emitiu, após 16 anos, uma revisão efetiva das normas ISO 9000 e ISO 9001 para Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) refletindo as práticas empresariais modernas, as mudanças do ambiente de negócios, o uso intensivo da tecnologia da informação e a nova terminologia dos negócios.
Em relação a ISO 9001:2015, além de alinhar a estrutura da norma as novas regras do hoje conhecido ANEXO SL, foram introduzidos novos requisitos (≈ 27 %), outros sofreram alterações (≈ 25 %) e, a grande maioria, mantidos conforme a versão anterior (≈ 48 %). Para facilitar a análise entre as revisões a ISO emitiu a Matrix de Correlação ISO/DIS 9001:2015 e ISO 9001:2008. A norma ISO 9001:2015 mantém o escopo e aplicabilidade anterior, se mantém alinhada ao ciclo PDCA, agora de forma mais enfática, apresenta mais requisitos abertos (descritivos), ou seja, requisitos menos prescritivos, proporcionando maior flexibilidade no seu entendimento e aplicação e garantindo a sua natureza genérica e universal. Mentalidade de Risco A mentalidade de risco está presente em todas as seções da revisão 2015 e consolidada no requisito 6.1 para todas as etapas do ciclo PDCA, substituindo e ampliando o conceito de ações preventivas da revisão anterior. Devido à dinâmica atual no cenário das organizações, “não há requisito para métodos formais para gestão de riscos ou um processo de gestão de risco documentado” (Apêndice A.4) ou para informação documentada. Para as organizações que precisam se adaptar os princípios e diretrizes da norma ISO 31000 são um bom referencial. Cabe a Liderança (requisito 5.1.1.d) permear o compromisso com a mentalidade de risco por toda a estrutura organizacional para que as ações para abordar riscos e oportunidades “aflorem da pele” de todos os envolvidos com os processos do SGQ, incluindo provedores externos que atuam em nome da organização. Contexto Organizacional A introdução deste novo requisito no início da seção 4 demonstra o foco da ISO em promover nas organizações uma maior ênfase na gestão estratégica dos processos do negócio “que afetem sua capacidade de alcançar o(s) resultado(s) pretendido(s)”, conduzindo a Liderança ao compromisso com a mentalidade de risco e para que essas informações sejam monitoradas e analisadas criticamente. A tomada de decisão e a correspondente prestação de contas sobre as ações direcionadas às questões externas e internas são de responsabilidade exclusiva da Alta Direção devido ao seu impacto na definição da Política da Qualidade, no Escopo do SGQ e nos Objetivos da Qualidade, os quais irão nortear todo o planejamento do SGQ e as mudanças decorrentes. Embora não seja exigida informação documentada neste requisito é de se esperar que as organizações às mantenha para ajudar a entender a lógica e o nível de compreensão de seus desafios. Partes Interessadas Este novo requisito, também no início da seção 4, reforça o conceito da mentalidade de risco ao considerar o “efeito ou potencial efeito sobre a capacidade da organização para prover consistentemente produtos e serviços”, quando pertinentes, e ainda; somente os requisitos pertinentes devem ser considerados na entrada do planejamento do SGQ. Mesmo sendo necessário considerar os requisitos pertinentes das partes interessadas pertinentes na determinação do escopo do SGQ, não há requisito explícito para incluí-los na Política da Qualidade e, consequentemente, no estabelecimento de Objetivos da Qualidade específicos. É válida a consideração quanto à informação documentada aplicada acima para Contexto Organizacional. Liderança e Papéis, Responsabilidades e Autoridades Organizacionais Nestes requisitos foram promovidas mudanças para reforçar a necessidade do efetivo comprometimento da Alta Direção considerando sua responsabilidade por “prestar contas pela eficácia do SGQ” e para “promover o uso da abordagem da mentalidade de risco”. Não é mais suficiente, apesar de exigido, para a Liderança implementar práticas de conscientização das pessoas, a Alta Direção deve demonstrar que atua “engajando, dirigindo e apoiando pessoas a contribuir para a eficácia do SGQ”. A função de Representante da Direção (RD) não é mais citada formalmente, o que não impede as organizações a decidirem por mantê-la. As mudanças propõem é que própria Alta Direção (1º e 2º nível da estrutura organizacional, principalmente) assumam as atribuições de responsabilidade e autoridade definidas e que relatem o desempenho do SGQ e as oportunidades para melhorias, em particular, entre si, assumindo uma postura de donos dos processos. Conhecimento Organizacional e Informação Documentada Esta nova subseção é, no mínimo, intrigante. A comunidade da Qualidade comemora efusivamente a não mais obrigatoriedade de se manter “procedimentos documentados” (incluindo Manual da Qualidade), porém, dependendo do Contexto da Organização, ainda poderá ser uma boa prática ou um requisito regulamentar (Ex.: PBQPH:2017) ou um requisito do Cliente (IATF 16949:2016), contribuindo na manutenção e disponibilização do Conhecimento Organizacional. Da mesma forma, a nova linguagem “informação documentada”, que nada mais é do que manter documentos e reter registros controlados para uma tomada de decisão em informações válidas, não é suficiente para atender o requisito integralmente, é de se esperar que parte do conhecimento organizacional esteja mantido e disponibilizado para uso. Este requisito amplia os requisitos para tratamento ao explicitar a necessidade de se considerar a capacidade de aplicar o conhecimento existente, seja ele tácito, partilhado ou de experiência, na abordagem de necessidades e tendências de mudanças para atender aos objetivos da organização, incluindo a avaliação para acessar ou adquirir conhecimento adicional, como fontes e/ou provedores externos. Aprender a aprender. Projeto e Desenvolvimento de Produtos e Serviços Se ainda existiam dúvidas, agora não mais, as organizações que têm como produto uma prestação de serviço devem atender ao requisito plenamente e as demais devem projetar e desenvolver os serviços associados aos seus produtos, também. Provisão Externa de Processos, Produtos e Serviços As alterações realizadas visam adequar o processo de provisão externa ao conceito da cadeia de fornecimento e ampliam os controles a serem exercidos pela organização. A nova revisão encampa a avaliação dos processos e serviços realizados pelos provedores externos, tanto para produtos e serviços à serem incorporados aos produtos da própria organização, quanto nos produtos e serviços providos externamente em nome da organização. Além do mais será preciso transcender o controle sobre o provedor externo direto e avaliar, também, quais os controles estes provedores externos diretos da organização aplicam sobre os seus próprios provedores diretos, e assim por diante. Avaliação de Desempenho e Melhoria O título da seção 9 demonstra objetivamente a mudança para aumentar o foco do SGQ na obtenção de resultados em relação ao cumprimento dos requisitos e sua contribuição para o desempenho da organização através, principalmente, de uma análise crítica mais abrangente que inclui os novos requisitos “de negócio” como entradas, aliada ao compromisso efetivo da Liderança. Ao focar em desempenho (resultados) e girar o PDCA, a Liderança será conduzida a promover melhorias, incluindo inovação, que elevem a maturidade do SGQ pela agregação de valor aos seus processos e atividades. A menos, é claro, que se queira apenas um papel na parede com uma abordagem cosmética. Assistam: II Seminário ABQ / Qualidade Século XXI – A Qualidade e a Realidade Nacional Em setembro de 2015 a ISO (International Organization for Standardization) emitiu, após 16 anos, uma revisão efetiva das normas ISO 9000 e ISO 9001 para Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) refletindo as práticas empresariais modernas, as mudanças do ambiente de negócios, o uso intensivo da tecnologia da informação e a nova terminologia dos negócios. Em relação a ISO 9000:2015, a primeira percepção é que a norma está mais “enxuta” e objetiva quanto à seção 2. A seção 1 - Escopo (antiga Objetivo e campo de aplicação) permaneceu inalterada. As principais mudanças são: 2.2 - Conceitos fundamentais Neste tópico são apresentados de forma breve e direta os novos 5 (cinco) conceitos: Qualidade, Sistema de gestão da qualidade, Contexto de uma organização, Partes interessadas e Suporte, sendo que este é decomposto em generalidades, pessoas, competência, conscientização e comunicação. Os conceitos Contexto de uma organização e Partes Interessadas se tornaram bem mais explícitos demonstrando a evolução das normas para uma visão de negócio, alinhada aos novos requisitos da ISO 9001:2015. As revisões não invalidam a leitura da seção 2 da versão 2005 para suportar o entendimento sobre sistema de gestão da qualidade, atentando apenas que na revisão 2015 o planejamento do SGQ possui considerações mais amplas. 2.3 – Princípios de gestão da qualidade Os princípios de gestão da qualidade foram reduzidos e algumas descrições foram alteradas para compatibilidade com a nova terminologia da ISO 9001. Segundo a ISO, “os princípios de gestão da qualidade podem ser utilizados como uma fundação para a melhoria do desempenho das organizações”, assim como “não estão listados em ordem de prioridade. A importância relativa de cada princípio varia de organização para organização e podemos supor que mude com o passar do tempo”. Uma mudança significativa na revisão 2015 é a apresentação de informações complementares (declaração, justificativa, principais benefícios e ações possíveis) para cada princípio de gestão da qualidade, facilitando o entendimento em relação as suas correlações com os requisitos da norma ISO 9001 e as diretrizes da norma ISO 9004:2009. 2.4 – Desenvolvendo SGQ usando conceitos fundamentais e princípios
Ao definir um modelo de SGQ a ISO 9000:2015 reflete a visão e o ambiente de negócio citando: “contexto variável”, “inovar para obter melhorias de ruptura”, “reconhece que nem todos os sistemas, processos e atividades podem ser predeterminados; portanto ele (modelo do SGQ) precisa ser flexível e adaptável”, “compreender o contexto externo e interno para identificar as necessidades e expectativas das partes interessadas pertinentes” e mantém a orientação de que “apesar de muitas vezes parecem ser compostas de processos semelhantes, cada organização e seu SGQ são únicos”. Quanto ao desenvolvimento do SGQ reforça que as normas da família ISO 9000 ajudam a desenvolver um SGQ coeso, pois “fornece uma estrutura para o planejamento, execução, monitoramento e melhoria do desempenho das atividades de gestão da qualidade”, reforçando que “um SGQ não necessita ser complicado, em vez disso, necessita refletir com precisão as necessidades da organização”, ou seja, “o planejamento do SGQ não é um evento único, ao contrário, é um processo contínuo”. Por fim mantem a relação das diversas outras normas de gestão da qualidade as quais “fornecem um conjunto abrangente de requisitos e orientações para o SGQ”, e orienta a conhecer suas diretrizes para apoio na implementação dos diversos componentes de um SGQ (veja Apêndice B da ISO 9001:2015). 3 – Termos e definições Nesta seção é importante ressaltar que os termos e definições da norma ISO 9000:2015 se aplicam a todas as normas de gestão da qualidade e de sistema de gestão da qualidade pois foram incorporados termos das diversas normas de gestão da qualidade, cabendo o alerta que em sua grande maioria as definições e/ou notas foram modificadas. Assim sendo, a revisão 2015 relaciona 141 (cento e quarenta e um) termos e definições referenciando-os a 13 (treze) grupos temáticos, enquanto a versão anterior relacionava apenas 85 (oitenta e cinco) termos e definições em referência a 10 (dez) grupo temáticos. Outra informação relevante é que ao considerar as novas regras básicas para a estrutura e a elaboração de seus padrões internacionais e outros documentos (ANEXO SL) a ISO definiu 21 (vinte e um) termos comuns e definições fundamentais para suas normas de sistemas de gestão, facilitando o entendimento dos requisitos prescritos nessas normas, quando aplicados simultaneamente (Sistemas Integrados de Gestão). Para finalizar a ISO 9000:2015 promoveu a adequação do Anexo A, que apresenta as relações entre os conceitos e suas representações gráficas, considerando os seus termos e definições e seus respectivos grupos temáticos. |